quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

A contribuição dos fatores neurais em fases iniciais do treinamento


Artigo de Revisão Bibliográfica: A contribuição dos fatores neurais em fases iniciais do treinamento de força muscular

Conclusão: Assim, tentou-se oferecer subsídio aos profissionais que atuam na área, de que a prescrição do treinamento de força, deva respeitar o princípio do tamanho, em que no início do treinamento de força não estabelece a habilidade de recrutar uma
porcentagem elevada de suas unidades motoras, e estas habilidades são fatores determinantes na aquisição da força muscular (FLECK; KRAEMER, 1997; SALE, 1987), além dos indivíduos apresentarem uma coordenação intramuscular lenta e velocidade de condução baixa.
O treinamento de força possui etapas distintas. No início do treinamento ocorrem as adaptações neurais essenciais para os ganhos de força, mas sem o devido aumento da massa muscular. As adaptações, de acordo com relatos de estudos, ocorrem durante o
período de 4 a 8 semanas (O’BRYANT et al, 1988; HICKSON et al,1994). Deve-se enfatizar que o treinamento de força progressivo é essencialmente necessário para que desenvolva melhorias na sincronização das unidades motoras, conseqüentemente, melhor ativação dos motoneurônios (CARROLL et al, 2001). Em relação aos mecanismos inibitórios, foi comprovado nos relatos dos estudos que o treinamento de força reduz a co-ativação e o treinamento da força de forma bilateral reduz este déficit, pois as ações unilaterais aumentam o déficit bilateral. A força muscular aumentada, apresenta total importância para todas as populações, desde do destreinado ao treinado e do jovem ao idoso.
Fonte: Alex Souto Maior, Antônio Alves. 2003

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Exercícios uni ou bilaterais?


Em termos práticos de prescrição dos ER (exercício resistido ou contra uma resistência) com cargas máximas e baixas velocidades, deve-se optar por uma estratégia bilateral(8). Contrapondo-se a isso, no estudo de Simão et al.(4), foi demonstrado que para um melhor desenvolvimento da potência muscular os trabalhos unilaterais devem ser realizados a fim de otimizar a velocidade individual dos membros. Portanto, os atletas de potência podem ser beneficiados pelo trabalho unilateral, mas indivíduos que buscam estética e saúde devem priorizar trabalhos bilaterais.

Fonte: Rev Bras Med Esporte vol.10 no.6 Niterói Nov./Dec. 2004

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Fadiga



Lactato o indicador de fadiga.
Muitos pensam que o lactato causa a dor, mas isso não é verdade, ele apenas é um indicador de fadiga pois não á uma oxigenação adequada no músculo, assim você acaba se utilizando de outro substrato energético, passa do sistema oxidativo para o sistema glicolítico. Quando seu exercício ultrapassa o limiar anaeróbio, inicia-se o acúmulo do lactato na corrente sanguínea, nesse caso seu sangue fica ácido, assim inibindo aos poucos a atividade múscular e reduzindo drásticamente sua velocidade em qualquer que seja sua modalidade em no máximo 3 minutos.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Magreza em excesso traz mais riscos de osteoporose



Meninas muito magras que costumam fazer dietas rígidas correm o risco de, a longo prazo, sofrerem de problemas nos ossos. A pesquisa destaca o importante papel que a gordura desempenha no desenvolvimento dos ossos. Foram avaliadas 4.000 adolescentes de 15 anos nas quais usaram técnicas de scanner onde se calculou a forma e a densidade dos ossos, bem como a quantidade de gordura corporal que tinham. O grupo constatou ossos maiores e mais grossos nas jovens que mostraram um maior nível de gordura.

FONTE: Universidade de Bristol

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Aplicação da Escala de RASO em exercícios com pesos


- A escala deve ser apresentada ao aluno ao final de cada série.
- O escore “0” significa que daria para levantar um peso muito maior, enquanto “10” representa que o aluno não conseguiria adicionar nem 100 gramas a mais de sobrecarga ao exercício;
- Para alunos iniciantes, o escore de cada série deve ficar entre “6” e “8”, ou seja, 60% a 80% da força máxima. Neste caso o peso das séries seguintes deve ser mantido;
- Se, por exemplo, o aluno realizar a primeira série e indicar escore abaixo de “6”, o peso deve ser aumentado já para a segunda série, e ao final, reapresenta-se a Escala, e assim sucessivamente;
- Se, entretanto, o escore indicado for maior que “8”, o peso deve ser ser reduzido na série seguinte e depois, reapresenta-se a Escala, e assim sucessivamente até o ajuste da sobrecarga entre “6” e “8”.
- Esta aplicação da Escala RASO pode ser adotada em cada sessão de exercícios, ou em intervalos de 15 a 20 dias (a cada duas ou três semanas).


Fonte Raso V, Matsudo SMM, Matsudo VKR, Rev. Brasileira de Ciências do Esporte 2002; 23: 81-90

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Síndrome do excesso de treinamento (overtraining syndrome)


O treinamento de sobrecarga refere-se ao treinamento duro, durante alguns dias, seguido de um curto período de descanso que é essencial nesse caso. Uma resposta fisiológica corporal é desencadeada após um treinamento intenso, para que a capacidade de desempenho desportivo possa ser melhorada. Esse processo é chamado de supercompensação.

Muitos dias de treinamento intencionalmente pesado são seguidos por alguns dias de treinamento mais leve e descanso para que se consiga atingir a supercompensação e o ápice do desempenho. É essencial que se reconheça o tempo necessário para a supercompensação. Se um atleta ainda não se adaptou antes que um novo estímulo seja dado, um desequilíbrio progressivo e maior ocorrerá.

O resultado disso é o overreaching, que é um conjunto de sintomas transitórios, sinais e mudanças que aparecem durante um treinamento pesado e são diagnosticados através de testes. Tanto o overreaching como a síndrome do excesso de treinamento cursam com diminuição do desempenho físico, sinais e sintomas semelhantes, porém a diferença entre eles refere-se ao tempo de recuperação. No overreaching duas a três semanas podem restabelecer o equilíbrio de desempenho esportivo do atleta; já na síndrome do excesso de treinamento, este processo pode durar meses ou até anos.

A síndrome do excesso de treinamento afeta uma considerável porcentagem de indivíduos envolvidos em programas de treinamento intensivo. Estima-se em 7% a 20% por temporada a sua incidência em atletas. Ela é definida como um distúrbio neuroendócrino (hipotálamo-hipofisário) que resulta do desequilíbrio entre a demanda do exercício e a capacidade funcional, podendo ser agravado por uma inadequada recuperação, acarretando decréscimo no desempenho desportivo e atlético, incidência de contusões, mudanças neuroendócrinas e imunológicas, alterações no estado de humor, fadiga constante, dentre outros sintomas.

Atletas em todos os níveis de desempenho podem desenvolver essa síndrome e um relevante número de sinais e sintomas tem sido associado à mesma. Fry e seus colaboradores listaram mais de 200 em sua revisão sobre overtraining em 1991. Porém, apesar dessa extensa lista, ainda não existem critérios diagnósticos bem estabelecidos para essa síndrome. O único tratamento efetivo é o repouso prolongado, o qual impossibilita a participação dos atletas em competições, podendo levar a uma perda de motivação e até mesmo ao abandono do esporte. Assim a melhor maneira de se evitar a manifestação da síndrome é a prevenção. Como ainda não existem marcadores fisiológicos ou biológicos objetivos que permitam um diagnóstico precoce do quadro, o uso de instrumentos que possibilitam medidas de estados de humor tem demonstrado eficácia na detecção de sinais iniciais da síndrome do excesso de treinamento, prevenindo seu desenvolvimento completo e evitando um período de inatividade.

São considerados indivíduos altamente suscetíveis ao desenvolvimento do quadro:

- Atletas muito motivados;

- Atletas de alto rendimento;

-Atletas que retornam precocemente aos treinos, antes de estarem completamente recuperados;

- Atletas e não atletas que treinam por conta própria;

-Indivíduos com orientação técnica não qualificada.

Tipos de síndrome do excesso de treinamento (overtraining syndrome):

- Overtraining tipo simpaticotônico:

Esta forma de overtraining é fácil de diagnosticar, pois o atleta sente-se doente e existe um grande número de sinais e sintomas indicadores como: anorexia, perda de peso corporal, sudorese, dores de cabeça, falta de energia, aumento de freqüência cardíaca basal e da pressão arterial, irritabilidade, insônia, inapetência, dificuldade de concentração, arritmias, aumento da resposta aguda das catecolaminas, adrenalina e noradrenalina, etc...

Trata-se de uma resposta prolongada ao estresse, precedendo a exaustão, que acomete atletas mais jovens de esportes anaeróbios que envolvem velocidade, força e potência. Quantidades excessivas de treinamento, ansiedade e acúmulo de competições com intervalos insuficientes de recuperação são geralmente mencionados como fatores causadores de overtraining simpaticotônico. A ansiedade de ter que produzir esforços máximos no treinamento todo dia e competir em um grande número de eventos pode ser emocionalmente estressante, particularmente se o atleta é muito ansioso.

- Overtraining tipo parassimpaticotônico:

A síndrome de origem parassimpaticotônica é caracterizada pela predominância de processos de inibição, fraqueza física e falta de atividade motora. O atleta pode dizer que não se sente cansado, mas não se encontra em condições de mobilizar energia necessária para participar de um evento esportivo. O atleta em repouso pode não apresentar sintoma algum, mas os mesmos podem sobrevir furtiva e inesperadamente.

Ocorrem também manifestações de ordem depressiva e neurohormonais, apatia e baixa freqüência cardíaca de repouso. Esse tipo afeta atletas altamente treinados em esportes aeróbios como triatlon, natação de longa distância, maratona e ciclismo de estrada e é mais comum em indivíduos mais velhos, com maior tempo de vida desportiva.

Exames diagnósticos:

Várias alterações fisiológicas que ocorrem na síndrome do excesso de treinamento têm sido descritas, porém, nenhuma delas, até o momento foi considerada isoladamente confiável a ponto de ser aceita como teste diagnóstico. Algumas delas são: diminuição da freqüência cardíaca máxima durante um teste de esforço, alterações nas concentrações de lactato em esforço máximo ou seu limiar, redução da excreção noturna de noradrenalina, aumento do cortisol sangüíneo (ação catabólica), diminuição do hormônio testosterona (ação anabólica) e alterações nos níveis de creatinoquinase (enzima muscular) e uréia (prova de função renal) no sangue.

Fonte:Rev Bras Med Esporte(2005).

terça-feira, 4 de maio de 2010

IMPORTÂNCIA DA FORÇA MUSCULAR PARA A SAÚDE


•Uma boa condição muscular
–proporciona maior capacidade para realizar as atividades da vida diária, com mais eficiência e menos fadiga
–Permite realizar atividades esportivas com melhor desempenho
–menor risco de lesões
–ajuda a manter a boa postura
–protegem as articulações, além de prevenir osteoporose e as quedas

Músculos usados frequentemente →tornam-se mais firmes, fortes e flexíveis
EXERCÍCIOS REGULARES TORNAM OS MÚSCULOS MAIS FORTES E RESISTENTES PERMITINDO MOVIMENTOS MAIS EFICIENTES NO TRABALHO E NO LAZER

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Psicologia no Futebol

ARTIGO "Pensamentos automáticos e ansiedade num grupo de jogadores de futebol de campo"

CONLUSÃO

A crença “não posso errar” foi a tônica dos pensamentos relacionados à ansiedade nos jogadores pesquisados, Outra hipótese diz respeito a quanto a exigência do perfeccionismo acelera o processo de ansiedade e/ou o estresse em sua segunda ou terceira fase, quando a ameaça persiste, uma vez que não é possível acertar 100%. A psicologia do esporte deve-se valer de instrumentos como o teste de ansiedade de Beck (1988), para mensuração, facilitando a investigação e reduzindo o tempo de atendimento, já que o sucesso do futebol é medido por resultados práticos muito rápidos. Um atendimento estruturado pode cooperar para que bons atletas tenham tempo suficiente de mostrar o que sabem fazer, não sendo dispensados injustamente do jogo ou do clube, com a ansiedade interferindo em suas performances.

Autores: Sonia Román & Mariângela Gentil Savoia

segunda-feira, 29 de março de 2010

Conclusão de um artigo acadêmico, Palavras-chave: Sobrepeso. Obesidade. Fatores de risco


ASSOCIAÇÃO ENTRE SOBREPESO E OBESIDADE E FATORES DE RISCO, CARDIOVASCULAR EM FUNCIONÁRIOS DE UMA EMPRESA, DE SEGURO-SAÚDE.

No presente estudo, o grupo analisado
apresentou alta prevalência de importantes
fatores de risco cardiovascular: 59%
sedentarismo, 31% excesso de peso, 12,75%
obesidade abdominal, 19% hipertensão arterial e
66% antecedentes familiares. Os resultados
quanto à prevalência de alguns fatores de risco
mostraram que os homens estão em pior situação
do que as mulheres.
Foi observada ainda a associação da
obesidade com outros fatores de risco
cardiovascular, sendo mais evidente a relação da
adiposidade corporal no desenvolvimento da
hipertensão arterial.
Estes resultados tornam-se preocupantes
quando se verifica que grande parte dos
avaliados se constituiu de adultos jovens, os
quais podem não ter – ainda - manifestado as
conseqüências fisiológicas do excesso de peso.
Por se tratar de funcionários de uma empresa de
seguro-saúde, parece uma incongruência não
estarem sendo monitorados.
Após a constatação desse quadro, a equipe
de pesquisadores sugeriu à empresa a adoção de
algumas medidas imediatas para a mudança do
perfil detectado. Nesse sentido, foram
desenvolvidas, de forma imediata, atividades de
educação e orientação nutricional pela equipe
pesquisadora através de palestras sobre os
resultados observados e sobre quanto eles são
comprometedores, assim como o estabelecimento
de convênios com academias para que os
funcionários se sentissem motivados
à prática de atividade física com vistas a se
tornarem fisicamente ativos.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Musculação (Super série)


SISTEMA DE SUPERSÉRIES

As superséries deselvolveram-se em dois sistemas distintos. Um usa várias séries de dois exercícios para os músculos agonistas e antagonistas de uma parte do corpo. Exemplo rosca direta e triceps testa. Tal sistema é um dos mais efetivos para aumentar a força muscular.
O segundo tipo de supersérie usa uma série de vários exercícios em rápida sucessão para o mesmo grupo muscular ou parte do corpo. Um exemplo disto é uma série de cada exercício de puxada frente, remada sentada e remada inclinada. Ambos os tipos de supersérie envolvem séries de 8 a 10 repetições com pouco ou nenhum descanso entre as séries e exercícios. AS superséries são populares entre os fisiculturistas, sugerindo que resultem em hipertrofia muscular. Se o seu objetivo de treinamento é produzir aumentos na hipertrofia muscular as superséries merecem consideração.

Livro: Fundamentos do treinamento de Força Muscular 2º Edição
Autores: Steven J. Fleck; William J. Kraemer

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Prevenção relacionada ao calor e a umidade


Obviamente, as condições do tempo nem sempre serão ideais para todos os treinos, aulas ou competições. Sendo assim, se você estiver em um local de clima quente ou se treina durante o verão, terá de tomar medidas preventivas. Os atletas se adaptam a altas temperaturas e umidade se houver tempo, um período de sete a dez dias aproximadamente. Durante esse tempo, faça treinos curtos com níveis de atividade variando de baixa a moderada e dê intervalos para tomar água a cada 20 minutos. Não utilize roupas de vinil pois ele impede a evaporação do suor e portanto, não permite que o corpo se resfrie (Intermação). Atletas acima do peso, muito musculosos ou fora forma estão propensos a sofrer as doenças do calor. Aqueles que sofreram anteriormente de doenças do calor ou se exercitam com muita intensidade também correm riscos. Esses atletas devem ser observadoS CUIDADOSAMENTE E TER INTERVALOS PARA TOMAR ÁGUA A CADA 15-20 MINUTOS. Se pese antes e depois de cada treino ou competição, tome dois copos de água para cada meio quilograma que tiver perdido pelo suor. O melhor líquido para beber é a água resfriada, porque o estômago a absorve mais rápido do que o faz com bebidas esportivas ( Isotônicos).

domingo, 31 de janeiro de 2010

Treinamento Pliométrico


Pliometria ou treinamento com saltos. Com o exercício pliométrico, os movimentos são estruturados de forma as características inerentes de estiramento e recuo do musculo esquelético, assim como a modulação da resposta do músculo através do reflexo de estiramento. (Aproveitamento da energia elástica produzida na fase excêntrica para gerar energia mecânica na fase concêntrica do movimento). Essencialmente, com o exercício pliométrico a sobrecarga é aplicada ao musculo de uma forma que coloca rapidamente o músculo em estiramento (fase excêntrica ou de alongamento) imediatamente antes da fase concêntrica ou de contração. Essa fase de alongamento rápido facilita o movimento subsequente mais rápido e vigoroso e consequentemente, aumenta os benefícios em termos de velocidade e potência do treinamento.